sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Instabilidade - Parte II


Tenho cá para mim que se continuar a comer como um alarve, como tenho feito ultimamente, a empanturrar-me com ceias nocturnas exageradas e a saltar o exercício, um dia destes volto à obesidade, e sei que a balança, quando tiver coragem de a enfrentar, me vai dar razão. Andei tão certinha na alimentação, no exercício, sacrifiquei-me, perdi tanto peso, para quê? Para voltar à instabilidade. Sei que estou a errar e continuo a fazê-lo e, neste momento, além de instável emocionalmente, sinto-me mal comigo mesma e com a minha fraqueza, que não me permite continuar a ir pelo caminho certo e só me conduz pelo errado! Preciso de ajuda, não sei o que fazer!

Instabilidade - Parte I

Como é que é possível que este perfume, que guardo religiosamente há vários meses, e o qual evitava usar porque me cheirava, nas minhas próprias palavras, a "prostituta decadente", passasse de besta a bestial numa questão de minutos, e agora o ache fantástico?
Talvez porque nunca o tivesse apreciado, ou talvez porque sou um bocadito, talvez muito, pronto, instável a nível de gostos. E não é só nos perfumes!

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Porque...

Estou farta das campanhas eleitorais, dos debates entre candidatos, do diz e desdiz que faz parte da política nacional, das escutas telefónicas de gabinetes governamentais e presidenciais, dos cartazes que abundam em tudo que é rua, ruela ou beco deste País à beira mar plantado com candidatos aparentando um ar simpático ou protector (quando na maior parte dos casos não o são), das novelas portuguesas que começam após as notícias e terminam depois da meia-noite, umas a seguir às outras em chorrilho (surpreendem-me aqueles que as conseguem ver sem confundirem as histórias e os personagens), das "Filipas de Castro" que apesar de nunca terem feito algo de útil à sociedade, e só porque são ex-mulheres de jogadores de futebol e conseguem marcar presença em tudo que é festa/acontecimento/evento de Norte a Sul, são notícia de revista, do facto das pessoas que todos os dias trabalham em benefício dos outros quase nunca serem notícia, do Cristiano Ronaldo fazer manchetes só porque assoou o nariz, de um cão que salva uma vida humana não ter direito a honras de noticiário mas se atacar alguém, independentemente das circunstâncias do ataque, ter destaque de programas de informação (e atenção que não quero com isto dizer que aprovo os ataques caninos, mas nem tudo é como às vezes se mostra, e o que é bom também deve ser mostrado), das pessoas que abandonam os animais porque estes cresceram, passaram de moda, estão doentes, tiveram um bebé (essas enojam-me), e hoje é o dia de luto contra o abandono, de meninas que só comem fruta descaroçada pela empregada, da bimbalhice/infantilidade da Luciana Abreu, de todos os que se acham superiores e andam por aí de ar altivo e arrogante (abro excepção para o Mourinho, porque a ele até lhe fica bem) e de tantas outras coisas que se for a dizer nuca mais me calo.
Hoje decidi que vou concentrar as minhas atenções em homens giros como o Reynaldinho Gianecchini da foto, que é sempre um pedaço de mau caminho, mas com este ar de "bad boy" que tanto aprecio até era rapaz para fazer despertar em mim o instinto maternal!
Foto: Reynaldo Gianecchini.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Só 2 cm, se faz favor!

Isto foi exactamente o que eu disse à minha cabeleireira, quando ela me convenceu que devia cortar só um bocadinho as pontas ressecadas pelo sol, uma vez que estavam fraquinhas e tinha acabado o período de praia e o cabelo estava a cair muito e blá, blá, blá. Mas foi isto que ela ouviu? Não, o que ela ouviu foi "Aproveite a tesoura e tire-lhe uns 10 cm!". É que ela só pôde mesmo ter percebido isto para fazer o que fez e transformar um "espontar" num corte de cabelo desta dimensão. Eu apercebi-me logo que ela se entusiasmou, não contava era que fosse tanto, uma vez que ela se livrou das melenas do chão antes que eu as visse, e a seguir mo alisou e o cabelo liso parece logo mais comprido (quando se tem um cabelo meio ondulado), assim não compreendi imediatamente a dimensão do desbaste, embora me sentisse com menos cabelo, mas quando o lavei em casa tive noção que era bem pior do que eu esperava e que lhe faltavam mais de 10 cm ao comprimento. Se fosse só eu a notá-lo podia ser uma daquelas situações "Ai que me cortou tanto!", quado afinal até cortou pouco, mas quando as outras pessoas nos dizem "Deste um bom corte ao cabelo!", sabemos que não estamos, de todo, a exagerar!

Quer dizer anda uma pessoa a deixar o cabelo crescer durante 4 anos só tirando um niquinho às pontas 3 vezes por ano, para, num instante, uma cabeleireira possuída pelo monstro das tesouras, nos cortar dois anos de espera pelo cabelo de sonho? Não se faz e agora só me resta:

a) Invadir o salão, roubar-lhe a tesoura e cortar 15 cm, sob domínio da força, ao cabelo dela;

b) Seguir os mesmos passos da opção A, mas em vez da tesoura, atacá-la com a máquina pente zero;

c) Exigir colocação de extensões de graça, para minimizar os danos;

d) Esperar pacientemente que volte a crescer e mudar de cabeleireira;

e) Voltar lá como normalmente, mas munida de material audiovisual (gravador, câmara de vídeo, leitor de dvd portátil com imagens de o que é espontar, fotografias, dicionário e auto falante) para ver se me faço realmente entender.

Sintam-se à vontade para opinar e dar novas sugestões! Resta-me acrescentar que, até à data, não tinha razões de queixa da cabeleireira!

O que fazer?

Quando se olha para as coxas, ancas e rabo e se vê muita celulite? Beber muita água, praticar uma actividade física regular, alimentar-se saudavelmente e usar diariamente um creme anti-celulítico com uma massagem vigorosa. Era bom que desaparecesse, não era? Eu faço isto todos os dias e por acaso tem desaparecido? Nadinha, continua aqui bela e cheia de força. Uma vez que não tenho dinheiro para recorrer a outros métodos, será que vou ter que viver com ela?

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Inveja???

Visual Poetry - ImageChef.com

Isto é a história de 2 amigas, a A e a R:
A R é magra, loira, bonita, não tem estrias nem celulite, anda sempre muito bem arranjada, tem um bom emprego, não lhe falta dinheiro, tem um guarda roupa muito bem recheado, um namorado bonito e bem sucedido, um bom carro, enfim, tudo para ser considerada uma mulher de sucesso.
A A tem 5 quilos a mais do que deveria, é morena, tem problemas com a pele do rosto que fica inflamada por tudo e por nada e com a pele do corpo que é tão seca que está sempre a descamar, tem celulite, tem estrias, nem sempre anda bem arranjada porque às vezes se desleixa um bocado, tem muita roupa mas pouca que lhe assente na perfeição, está desempregada, anda sempre a contar os trocos, tem um namorado jeitosinho mas agarrado a um emprego sem futuro e o seu carro é uma lata velha, por outras palavras, a A não está a atravessar uma boa fase. O irmão da R é o namorado da A, devido a isso convivem muito, mas a amizade das mesmas ultrapassa as fronteiras deste relacionamento de possíveis futuras cunhadas, porque são amigas independentemente do namoro entre A e o irmão de R.
Agora vem a parte esquisita desta amizade ou pseudo amizade, por esta descrição a existir inveja seria de A para R, mas passa-se exactamente o contrário, a R não perde uma oportunidade de se vangloriar perante a A, é a enunciar os elogios que lhe fazem, é a descrever a sua vida cor de rosa, é a auto-classificar-se como linda, elegante, fenomenal, é a denegrir a imagem de A perante outras pessoas quando esta não está presente e alguém a elogia por estar mais magra, porque A apesar de ter cinco quilos a mais, emagreceu recentemente bem mais do que 5 quilos, é um sem número de coisas que A vai ouvindo da boca de R ou por outras bocas que a escutam a emitir opiniões depreciativas sobre ela. A não percebe a atitude de R, porque para A não há nada dela que R posso invejar, mas as poucas pessoas que conhecem esta atitude de R garantem a A que o problema de R é insegurança com ela própria e inveja para com A. Só há duas coisas que A sabe que tem a mais que R, inteligência e 10 cm de altura, mas continua a estranhar estas atitudes, não sabendo bem se as deve chamar inveja ou outra coisa qualquer e não sabe como deve agir em relação a ela!
A A sou eu!